segunda-feira, 26 de maio de 2014

(Friedrich Nietzsche)

(Friedrich Nietzsche)

"Eu condeno o cristianismo, lanço contra a Igreja cristã a mais terrível acusação que jamais acusador algum pronunciou: para mim ela é a maior corrupção imaginável. A Igreja cristã nada poupou à sua corrupção: de cada valor fez um não valor, de cada verdade uma mentira, de cada integridade uma baixeza de alma.
Que se atrevam a falar-me ainda dos seus 'humanitários' benefícios! Suprimir qualquer angústia seria contrário ao seu mais profundo interesse: ele viveu de angústias, inventou angústias para se eternizar... O verme do pecado, por exemplo: foi graças à Igreja que a humanidade se viu enriquecida com essa angústia!
O parasitismo, única prática da Igreja, sugando com o seu ideal de anemia e de 'santidade', o sangue, o amor, a esperança da vida; o além como vontade de negação da realidade; a cruz como emblema para a mais subterrânea conspiração que jamais se urdiu - conspiração contra a saúde, a beleza, a retidão, o valor, o espírito, a beleza da alma, contra a própria vida...
Hei de gravar em todas as paredes esta acusação eterna contra o cristianismo, em toda a parte onde houver paredes - tenho letras que até os cegos podem ler... Chamo ao cristianismo a grande calamidade, a grande corrupção interior, o grande instinto de vingança, para o qual não há meios suficientemente venenosos, bastante subterrâneos, satisfatoriamente baixos - chamo-lhe a imortal desonra da humanidade."
(Friedrich Nietzsche)

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